Um protesto na tarde desta quinta-feira (2) fechou um trecho da rua Ruth Pereira, no bairro Ingleses, no Norte da Ilha, em Florianópolis. Um grupo de moradores estaria protestando após a morte de um adolescente durante uma ocorrência da Polícia Militar, na madrugada de quarta-feira (1°). A corporação confirma a morte, mas alega que revidou disparos que teriam sido efetuados contra os militares
Protesto
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram muita fumaça e pedaços de madeira em meio às chamas na rua, logo na entrada da comunidade do Siri, local do protesto.
A PMSC afirmou que a situação foi causada por um “grupo de pessoas” e que algumas estavam “armadas”.
Os manifestantes defendem que a mobilização foi organizada como forma de protesto depois que um adolescente foi morto no bairro na quarta-feira.
Até às 14h41 desta tarde, o trânsito seguia lento na região, segundo informações da GMF (Guarda Municipal de Florianópolis).
Um ônibus ficou atravessado na pista e não conseguiu continuar o trajeto por conta do bloqueio feito no protesto.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, uma equipe do CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) foi acionada para conter o avanço das chamas. Leia a nota na íntegra:
“Na tarde desta quinta-feira, 2, por volta das 14 horas, a Polícia Militar foi acionada para verificar uma manifestação não pacífica, no bairro Ingleses, onde um grupo de pessoas, algumas delas armadas com arma de fogo, ateou fogo em pneus, bloqueando vias públicas e que, segundo relatos, iriam atear fogo em um ônibus.
As equipes do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM) deslocaram ao local, na rua Dom João Becker, em uma rápida ação evitaram que o grupo ateasse fogo no ônibus que estava atravessado em via pública.
Ato contínuo, os manifestantes, que não apresentavam qualquer liderança, dissiparam por vias do bairro, pela praia e também pela comunidade do Siri.
Dessa forma, os policiais militares iniciaram buscas pelos suspeitos, tendo logrado êxito na prisão de cinco masculinos envolvidos na ação, que foram encaminhados à Central de Polícia Civil para procedimentos
O comandante do 21º BPM, tenente-coronel PM Rafael Regis de Sousa, liderou as ações no local e ressaltou que a PM aumentará as ações preventivas no bairro para evitar novas ações como esta.
Salienta-se que o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina esteve presente para controlar os focos de incêndio”, diz a nota.
O que diz a PM sobre a morte do adolescente
“Na madrugada desta quarta-feira, 1, por volta da uma hora, equipes do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM) realizavam um patrulhamento a pé na comunidade do Siri, momento em que as equipes se depararam com um grupo de cinco masculinos armados.
Que os policiais militares verbalizaram com os suspeitos, identificando-se como policiais e que nesse momento os suspeitos iniciaram a fuga e efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais militares, que revidaram a agressão letal, efetuando disparos para cessar agressão sofrida.
Após cessar a agressão, as equipes, em patrulha, localizaram dois homens alvejados, sendo que um adolescente não resistiu e foi a óbito e outro homem foi atendido pelas equipes do SAMU e encaminhado ao hospital Governador Celso Ramos.
A Polícia Civil e a Polícia Científica foram acionadas e compareceram ao local para procedimentos cabíveis. Com os suspeitos foram aprendidas duas armas de fogo, munições, drogas e dinheiro provenientes do tráfico de drogas.
O homem alvejado possui diversas passagens por crimes como roubo, sequestro, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e outros.
O adolescente morto no confronto também possuía diversas passagens por atos infracionais relativos a porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, roubo, sequestro e outros”, diz a nota da PMSC.