O deputado estadual Lucas Neves (Podemos) protocolou um projeto de lei para declarar os vinhos de altitude, a maçã, o mel da Bracatinga, o queijo serrano e o frescal de São Joaquim como patrimônio cultural imaterial de Santa Catarina. “Nossa ideia é valorizar esses produtos que fazem parte da nossa tradição, geram renda para nossa gente e atraem turistas para nossa região”, destacou o parlamentar.
A valorização dos produtos regionais é essencial para preservar receitas, rituais de preparo e a história local, garantindo que as tradições sejam mantidas para as futuras gerações. A escolha dos ingredientes, o modo de preparo, o contexto histórico e cultural, bem como o conhecimento transmitido de geração em geração, tornam esses produtos únicos e característicos de uma região específica, destacando sua singularidade.
Queijo Serrano: A produção começou em 1730, com o início do tropeirismo em Santa Catarina e a criação das primeiras propriedades rurais na Serra Catarinense. O queijo possui características únicas e o saber-fazer trazido pelos portugueses.
Vinhos de Altitude: Produzidos com uvas colhidas em áreas acima de mil metros de altitude, são influenciados por condições climáticas específicas, como baixa pressão atmosférica, vento, chuva e neve, que impactam suas características.
Maçãs: Cultivadas em altitudes acima de mil metros, as maçãs Gala e Fuji se destacam pelo aroma, sabor, crocância e suculência. Mais de 90% da produção brasileira dessas variedades é proveniente da Serra Catarinense.
Mel da Bracatinga: Produzido a partir da seiva da Bracatinga, uma árvore nativa da Serra Catarinense, esse mel não-floral é mineral, menos calórico e de paladar acentuado, sendo difícil de cristalizar.
Frescal de São Joaquim: Carne desidratada com sal em baixas temperaturas, feita com gado criado extensivamente na Serra Catarinense. A altitude elevada, as baixas temperaturas e o pasto nativo garantem seu sabor distinto.