Poema escrito por Jania Maier
Quem nunca se admirou ao ver o sol se pôr?
Quem nunca se encantou com o nascer do dia?
É, temos muitos motivos para agradecer,
Aqueles que desbravaram essas terras
de chão batido entre a mata fechada.
Os tropeiros que aqui passavam,
Faziam suas paradas para pernoitar.
Uns descansavam em um botequim ali existente,
Casa velha de cor branca, então… A CASA BRANCA.
Ao redor do fogo no chão, dividiam o pão,
Sapecavam o pinhão, fruto típico da nossa região.
Nos longos dias de cavalgadas,
Carregados de muitas mercadorias,
As quais vendiam ou permutavam,
Para o sustento das famílias.
Entre um riso e uma lágrima,
A saudade de casa, só se abrandava,
Com a presença do próximo tropeiro que ali chegava!
Com os tempos construíram um galpão,
No encontro de estradas que se cruzavam,
ENCRUZILHADA.
Entre uma história e outra, um causo e um assobio,
O pinhão estalando no fogo e o café tropeiro,
Foi nascendo a nossa história!
E mais pra frente,
Um grande grupo de tropeiros se formou,
E a contento de todos, a decisão se firmou,
Em homenagem a um grande amigo,
Muito conhecido nessa região,
Mudaram o nome deste lugar,
Para OTACÍLIO COSTA.
Então, os tropeiros que marcaram esse chão,
Com suas histórias e tradição,
Saiam antes do dia clarear,
Levando um pouco da nossa história,
Onde pudessem novamente descansar,
Histórias que me encantam, outras que me fascinam!
Região conhecida internacionalmente,
Pelo cultivo do pinus e a confecção do papel,
As indústrias madeireiras, avançam terras afora,
Criando empregos, gerando o sustento,
De muitos que aqui fizeram morada… agora!
Famosa por ser a Capital da Madeira,
Nossa Otacílio Costa se destaca,
Povo humilde, caridoso e hospitaleiro,
Tenho honra de dizer que sou parte desse chão!
Pessoas solidárias que enfrentam,
O sol, a chuva, o frio e o calor,
Para juntos construirmos o futuro da nação,
Onde a responsabilidade, o amor e o valor,
São traços na nossa geração.
Do passado temos as histórias e a lição,
No presente a obrigação…
De lutarmos pelo futuro do chão da nossa Nação!
Terra amada, onde faço a minha morada!
Tenho a certeza que um dia, ao lerem essas palavras,
A nossa história, será carinhosamente rememorada!
Jania Maier– Filha de Arnoldo Maier e Maria do Carmo Maier.
Graduada em Letras/Português; Especialista em Produtor e Revisor de Textos; NeuropsicopedagogiaClínica e Institucional; Ciclos da Educação para a Vida. Professora de Língua Portuguesa e escritora, ocupa a cadeira nº 13 da ALCA- Academia de Letras, Cultura e Artes – SC. Apaixonada pela leitura e pela escrita de poemas, poesias e textos em geral. Foi na escrita que encontrou uma maneira de transbordar seus sentimentos. Romântica, sonhadora, acolhedora, uma mulher de fibra que organiza e determina um grupo chamado Caridade com quase 200 mulheres, há mais de 20 anos.
Participa de movimentos culturais na cidade e faz parte dos projetos ligados a Academia de Letras de Otacílio Costa.