Deputado condena redução de R$ 400 milhões nos recursos do DNIT às rodovias federais do estado
Na manhã desta quinta-feira (27), o deputado estadual Lucas Neves (Podemos) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para expressar sua indignação com a decisão do Ministério dos Transportes de reduzir os investimentos nas rodovias federais do estado. O corte, de R$ 400 milhões no orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), comprometerá obras essenciais e agravará ainda mais a situação da infraestrutura logística em Santa Catarina.
“Os catarinenses foram penalizados com um golpe que impacta diretamente o futuro do estado, especialmente na área logística”, declarou o deputado. Para Lucas Neves, a redução de recursos representa um retrocesso significativo, já que a diminuição de 40% no orçamento em relação aos anos anteriores, ao invés de um aumento necessário, comprometerá o atendimento às crescentes demandas.
O parlamentar destacou que Santa Catarina depende fortemente de rodovias eficientes para movimentar sua produção e manter a competitividade das empresas. “Essa redução atinge diretamente um dos maiores gargalos da nossa economia, que são as rodovias federais”, afirmou. Ele ainda alertou que a diminuição dos investimentos prejudicará o andamento de obras essenciais, muitas das quais estão há décadas aguardando execução, como as melhorias nas BRs 470, 280, 282 e 153.
Em relação à BR-282, uma das rodovias mais críticas e perigosas do estado, Lucas Neves fez duras críticas à medida. “Somente em 2024, 122 vidas foram perdidas na BR-282. Ela é a segunda rodovia que mais mata no estado, com 1.440 acidentes e 1.800 feridos”, destacou, enfatizando a urgência de ações para melhorar a segurança da rodovia, especialmente com a implantação de terceiras faixas entre a Serra e o Litoral. “Os projetos estão sendo elaborados e devem ficar prontos em 15 meses, mas, hoje, não temos nenhuma garantia do Governo quanto à disponibilidade de recursos para execução”, ressaltou.
Por fim, Lucas Neves convocou a sociedade catarinense a se mobilizar para garantir que o estado não seja mais uma vez negligenciado. “Exigimos que os recursos necessários para o desenvolvimento sejam restituídos. Não queremos esmolas, queremos investimentos reais para garantir que a nossa economia não seja travada. Santa Catarina envia mais de R$ 100 bilhões por ano para Brasília e o retorno em investimentos é uma vergonha, uma injustiça”, concluiu.
